sábado, 1 de outubro de 2016

A Prova do Amor


A Prova do Amor

Bob Carr
 

Em agosto de 1987, numa tarde ensolarada, dirigi a Herman Aihara a seguinte pergunta: se um dos cônjuges começa a praticar macrobiótica e o outro se nega a fazê-lo, que conselho prático o senhor lhes daria? Abaixo, leitor, a resposta de Aihara.

Se alguém diz que não pretende mudar, a situação então é realmente difícil.

Se a mulher deseja mudar e o marido se mostra inflexível, ela pode influenciá-lo aos poucos, oferecendo-lhe alimento ou cozinhando. Se ele come arroz branco, ela pode introduzir numa das refeições o arroz integral. É melhor mudar um tipo de alimento por vez. Mudar tudo subitamente é uma experiência dramática. É mais interessante ir eliminando gradativamente os alimentos industrializados. Em vez de comprar em supermercados, comece a frequentar feiras orgânicas. Inclua mais alimentos integrais. Aos poucos, o discernimento progride, e a vontade de comer besteira diminui.

No entanto, se é a mulher que não quer saber de mudança, aí a coisa complica. Ohsawa, por exemplo, não alimentava esperanças: “Neste caso, é melhor desistir e pedir o divórcio.”

A única solução que vejo é o homem tratar de ficar doente o mais rápido possível. Se a mulher o ama de verdade, ela acabará mudando. Se não o ama, será a oportunidade de livrarem-se um do outro.

Não pense duas vezes: trate de ficar doente o mais rápido possível.

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