domingo, 28 de fevereiro de 2016

Microcefalia: Causas e Prevenção

Microcefalia: Causas e Prevenção


E
stabelecido no município de Americana, São Paulo, o pesquisador e terapeuta Jaime Bruning conta com um aliado inestimável em suas avaliações: o método originalmente chamado O-Ring Test, isto é, Teste do Anel. (Hoje, Bruning prefere referir-se a ele como Método Bioenergético, que, por sinal, não deve ser confundido com a linha de trabalho do reichiano Alexander Lowen).

O O-Ring Test foi concebido pelo Dr. Yoshiaki Omura, cientista e médico japonês radicado em Nova York. A denominação fundamenta-se no fato de que, para fins de diagnóstico e prescrição, o terapeuta avalia a energia dos dedos polegar e indicador do doente unidos em forma de anel.

A técnica foi adaptada e popularizada por Áton Inouê, também ele médico e japonês, embora residente na cidade de León, na República da Nicarágua. Em 1993, o missionário jesuíta Padre Renato Barth, então naquele país da América Central, aprende o método com o Dr. Áton e o introduz no território nacional. Em 1995, Bruning aprende os primeiro passos da técnica com esse sacerdote.

De acordo com Bruning, o método investiga o inconsciente, sendo capaz de identificar as origens, o desenvolvimento e as possíveis soluções para as mais variadas enfermidades. Quando o inconsciente é interrogado por um terapeuta experiente e especialmente sensível, os segredos do organismo são desvelados, sendo possível detectar com precisão como surgiu o transtorno; em que estágio ele está; quais as partes do corpo por ele afetadas; qual o alimento, a erva, o óleo, o remédio caseiro, enfim, apropriado para o caso.

Pois bem. Diante da epidemia de microcefalia, Jaime Bruning propôs-se investigar-lhe as causas, lançando mão, para tanto, do Método Bioenergético. As respostas a que chegou, ao menos para nós, são surpreendentes. Vejamo-las:

“De acordo com a nossa pesquisa, são as seguintes as causas da microcefalia:

1- O Zika vírus, cuja origem são os esgotos e fossas abertas; águas sujas e podres; lixo aberto e úmido a fermentar; piolho de pombos e o carrapato das capivaras.

2- O consumo de hormônios químicos, como anticoncepcionais e vacinas, administradas às mulheres até um ano antes de engravidar.

 3- A desnutrição e a modificação dos alimentos consumidos.

 4- A aplicação de larvicidas em reservatórios de água potável.

Passemos agora às explicações.

O mosquito, por si só, jamais seria capaz de originar qualquer doença. Não se pode confundir transmissor com causador. O lixo a fermentar a céu aberto por toda parte é o foco principal do Zika vírus. Além disso, a falta de saneamento básico, os piolhos de pombos e os carrapatos das capivaras figuram entre as causas.

Quanto à segunda causa, dividamo-las em dois tipos: os hormônios e as vacinas. Por si só, os hormônios químicos, os anticoncepcionais não causam microcefalia; mas, quando associados à desnutrição ou ao Zika vírus, podem, sim, provocá-la. É sabido que tais hormônios são grandes causadores de cistos, nódulos e miomas nas mulheres.

No que se refere às vacinas, não podemos esquecer que em alguns estados do Nordeste, como Pernambuco e Bahia, onde predominam os casos de microcefalia, as mulheres foram vacinadas com algum tipo de vacina até um ano antes de engravidarem. Será que estas vacinas tinham toda a garantia de validade e conservação?

Na Colômbia, por exemplo,  foi noticiada uma epidemia de Zika; lá, porém, não há epidemia de microcefalia. Trinta e quatro países também se veem atingidos pela epidemia de Zika; no entanto, não ouvimos falar em epidemia de microcefalia nessas regiões. Aqui se impõe a pergunta: por que não se verifica simultaneamente a existência de microcefalia? Não será porque não houve aplicações de vacinas, muito menos de vacinas vencidas?

Passemos às explicações com relação à terceira causa: desnutrição e modificação alimentar. Um organismo desnutrido é presa fácil de micróbios e parasitas de toda espécie. Quanto mais pobres, mais desnutridas as pessoas se encontram, pois não consomem vegetais frescos em suas refeições, e assim não obtêm resistência às doenças. Também a escassez de proteínas contribui para a desnutrição.

Além disso, os alimentos geneticamente modificados constituem mais um perigo para a saúde, pois fazem adoecer o ser humano. Somente é possível infectar-se com o Zika vírus e deixar-se abater por ele quando o organismo se apresenta fraco, sem imunidade suficiente; do contrário, isso jamais acontece!

Acerca da quarta causa, só nos cabe afirmar que é óbvio que a aplicação de larvicidas em reservatórios de água para beber não é saudável. A água potável jamais deve conter qualquer produto químico. Estes larvicidas matam larvas muito resistentes, e seria uma ingenuidade pensar ou divulgar que ao organismo humano eles não prejudicariam.

Eis agora a pergunta crucial: existe alguma possibilidade de se prevenir contra esse grave problema da microcefalia?

Sim, existe! É preciso combater todas as causas que descrevemos anteriormente, o que, de certa forma, não é difícil.

Além disso, uma pequena receita alimentar pode ajudar muito para prevenir contra a microcefalia, como para combater o Zika vírus em 8 a 10 dias.

É semelhante àquela que pesquisamos e recomendamos para combater a dengue; inclui ela, porém, um ingrediente mais: o gengibre reduzido a pó. Eis a receita:

·                        1 folha de couve;
·                        1 maçã;
·                        suco de 1/2 limão;
·                        4 g de gengibre (1 colher das de café);
·                        1 dente de alho;
·                        1/2 copo de água;
·                        1 colher de mel
·                       Bater no liquidificador, menos o mel, que será acrescentado depois de bater.
·                       Tomar diariamente em jejum um copo dessa mistura; ou mesmo uma dose em jejum e outra ao deitar para quem já está infectado pelo Zika vírus.

Contraindicações: diabetes, colite, gastrite; na gravidez, esta receita deve ser evitada. Portanto, é mais fácil prevenir do que remediar.”




O Encontro de John Cage com Tomio Kikuchi

O Encontro de John Cage com Tomio Kikuchi





Para os que são músicos profissionais, o nome de John Cage não soa indiferente. Já para os que não são...

A obra de John Cage distingue-se como uma maneira radicalmente nova de pensar a música. Músico, anarquista, filósofo, poeta, cozinheiro macrobiótico, agricultor com um pendor todo especial para cultivar cogumelos, Cage, no final dos anos 1940, iniciou o treinamento Zen sob a tutela do Sensei Daisetz Suzuki, fato que mudou profundamente não só sua carreira artística, mas também sua trajetória pessoal. Seu contato com a sabedoria oriental resultou num verdadeiro torvelinho de ideias que marcaram para sempre o ato de criar e executar música. Utilizando o I Ching, Cage verificou que era plenamente possível compor eliminando qualquer vestígio de subjetividade pessoal. A contribuição do Zen-Budismo não foi menor: Cage compreendeu que tanto a música quanto o silêncio absolutos não existem. Há silêncio na música como há música no silêncio. A obra de Cage rompe definitivamente com qualquer hierarquia entre música, ruído e silêncio. A partitura de 4'33", sua composição mais famosa, consiste em três movimentos em que o músico não deve executar nenhuma nota em seu instrumento. Após a entrada no palco e os aplausos de praxe, deve ele colocar-se em posição de execução e permanecer assim durante toda a duração da obra (quatro minutos e trinta e três segundos). Muitos poderiam concluir que estamos diante de um expediente artístico para fazer brotar, solitário, o silêncio. Mas o objetivo real está alhures. O que de fato acontece é que cada espectador se torna o palco de uma experiência libertadora. Aos poucos, toda espécie de som   ̶ mesmo os mais impertinentes (mas próprios da vida cotidiana)   ̶ vai ganhando terreno nesse ambiente pretensamente sagrado que é a sala de concertos: ouvimos nossa própria pulsação cardíaca, a respiração penosa do ancião ao lado, os pigarros da audiência, a buzina dos carros que passam nervosos na rua em frente... “Sentia e esperava – profetizava Cage – poder conduzir as pessoas à conscientização de que os sons do ambiente onde elas vivem representam uma música muito mais interessante do que aquela que poderiam escutar num concerto".


Em 1985, convidado pela Bienal de São Paulo, John Cage aportou pela última vez nestas plagas. Macrobiótico de carteirinha, perscrutou seus anfitriões sobre a existência de restaurantes que lhe pudessem proporcionar o equilibrado repasto. Um dos confrades lembrou-se do parente macrobiótico que frequentava amiúde certo restaurante na Liberdade. Tratava-se, é claro, do Restaurante Satori, do Prof. Tomio Kikuchi. No dia seguinte, acotovelaram-se todos num fusquinha e partiram para o bairro japonês. Já nas dependências do Restaurante Satori, o tal do macrobiótico apresentou Cage a Kikuchi:

̶ Professor, este é John Cage, o maior compositor vivo do planeta!
 
Kikuchi mirou os olhos de Cage e disparou:

̶ O senhor sabe cortar bardana?

̶ É claro que sei!

̶ Pois venha comigo...  

E lá foram os dois, cozinha adentro, cortar as raízes de bardana. Kikuchi não falava inglês, Cage não falava português. Sabe-se lá o que se passou na cabeça desses dois homens durante a meia hora em que juntos se entretiveram cortando bardanas.