É
preciso reconhecer a importância da mastigação. A mastigação é o único
movimento fisiológico do organismo humano que funciona através da
autoconsciência e do controle voluntário. É a única atividade que pode ser
regulada pela vontade própria. Depois de engolir o bolo alimentar, não podemos
exercer nenhuma vontade sobre ele. Alguém pode pensar: “Eu esqueci de mastigar
e engoli; então vou mastigar no estômago.” Mas será que isso é possível? Não
podemos movimentar o estômago pela nossa própria vontade. Mesmo forçando, não
conseguiremos. O controle mental não chega até ao estômago, ao intestino ou ao
coração. Imaginemos se o coração dissesse: “Ah! hoje eu vou descansar um pouco,
pois estou muito cansado!” O único movimento fisiológico que a nossa vontade
pode controlar é a mastigação! Quando se perde essa oportunidade, tudo o mais
está perdido. Logo depois de iniciada a deglutição dos alimentos, já não
funciona o controle voluntário, o controle sobre o alimento se perde.
A
alimentação mercantilista, oferecendo mais facilidade para engolir, faz com que
nossa condição física se atrofie cada vez mais. Essa alimentação impede também
a movimentação dos dentes, destruindo-os pela imobilidade e consequente
diminuição do fluxo sanguíneo. Isso acarreta o enfraquecimento de todas as
outras expressões do nosso corpo.
Para que se
obtenha o resultado desejado com a mastigação, é necessário observar a relação entre o volume de alimento na boca e
o tempo exigido para bem triturá-lo e insalivá-lo. O volume ideal de cada
bocado é aproximadamente de 8,5g a 9,5g de arroz cozido, para as pessoas
adultas, o que equivale a mais ou menos 130
a 150 grãos de arroz cozido. Já a velocidade ideal da mastigação é de 120 a 160 movimentos por minuto. Esse é
o padrão. Cada um pode treinar, utilizando-se de um relógio. Dessa maneira,
poderemos descobrir a velocidade de mastigação necessária. Por isso, não
adianta mastigar exageradamente durante um longo tempo, gastando-se para isso
mais de uma ou duas horas. É indispensável obedecer à ordem da velocidade da
mastigação. Às vezes, quando perguntamos a uma pessoa se ela mastiga bem, ela
responde que sim. Mas, quando observamos, constatamos que sua mastigação é
exageradamente lenta, não obedecendo à ordem da velocidade.
No Japão, a maneira
usada para determinar o preço de um
cavalo era a verificação de estado
de seus dentes e de seu esterco. Todos os mercadores e potreiros podiam avaliar
a resistência, a longevidade, a digestão, a absorção, a renovação sanguínea e a
saúde geral dos cavalos através da verificação dos seus dentes e do seu esterco.
De fato, essa forma de avaliação funciona muito bem. Por quê? Certamente porque
a condição fundamental da saúde é determinada pelo estado geral dos dentes,
que, por sua vez, determinam a capacidade da mastigação, da digestão, da
absorção, da renovação sanguínea e de outras funções orgânicas.
A
importância da mastigação não reside apenas na movimentação da mandíbula. O papel mais importante da mastigação é a
insalivação dos alimentos.
As pessoas também podem ser avaliadas
pela verificação dos seus dentes e pelo estado de suas fezes.
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