A Depressão e o Meio Interno
Francisco
Varatojo
A
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depressão é indubitavelmente um sério problema
na nossa sociedade, afetando um número enorme de
pessoas, quer do sexo masculino quer do sexo feminino.
Muitas das pessoas deprimidas têm
ideia de que algo de errado se passa com elas, mas muitas vezes não sabem
identificar os sinais de uma depressão latente. Falta de interesse em atividades
que outrora davam prazer, irritabilidade crescente, dificuldade na comunicação
são alguns dos muitos sintomas comumente presentes em quadros depressivos.
Em termos clínicos a depressão é
geralmente tratada com psicoterapia ou, em casos mais extremos, com drogas antidepressivas.
A medicina oriental e algumas escolas
de medicina holística consideram que existem causas externas para um
comportamento depressivo, mas apontam o meio interno como fator determinante,
em particular a condição do sistema respiratório e dos intestinos.
A má respiração e, consequentemente,
a má oxigenação não permitem ao cérebro e sistema nervoso receber nutrição
adequada e, consequentemente, a pessoa tende a ficar com pensamentos mais
pessimistas e derrotistas.
A alimentação é um fator crucial no
processo. Os lacticínios, em particular pela sua tendência para criar mucos no
sistema respiratório, são tidos como um dos principais causadores do problema,
sobretudo quando combinados com açúcar, como no caso de chocolates, bolos, etc.
Curiosamente, são estes os alimentos
mais procurados por pessoas com tendências depressivas, criando um círculo
vicioso, de onde pode ser bastante difícil sair.
Em
primeiro lugar, é essencial comer regularmente hidratos de carbono complexos,
particularmente sob a forma de cereais integrais, leguminosas e vegetais. Os
hidratos de carbono complexos fornecem-nos energia de uma forma regular,
contribuindo para um estado de espírito mais calmo e uma condição emocional
mais estável.
O
arroz integral, a aveia (sob a forma de grão ou flocos), o arroz glutinoso,
assim como a massa de trigo sarraceno, foram tradicionalmente utilizados no
oriente para ajudar a tratar estados depressivos.
Vegetais
doces como cebola, cenoura e abóbora são também excelentes para manter níveis
de glicemia mais estáveis.
Uma
vez que a depressão está frequentemente ligada à debilidade do sistema
respiratório (por exemplo, a sinusite), é importante comer todos os dias
vegetais verdes fibrosos, como agrião, alho-porró, couve-chinesa, etc. É de
realçar que estes vegetais não devem ser cozidos por demasiado tempo. É
preferível cozinhá-los no vapor ou escaldá-los rapidamente, retirando-os da
água mal comecem a mudar de cor.
Outros
alimentos usados como remédios tradicionais para a depressão incluem pepino,
couve lombarda, amendoins, araruta, vinagre de arroz ou de maçã.
O
uso regular de sabor picante, em particular gengibre fresco ralado ou wasabi, pode também ser eficaz.
Pessoas
deprimidas deveriam utilizar em todas as refeições pelo menos um dos alimentos
descritos acima.
E,
claro, é importante não abusar dos açúcares simples e fast foods.
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