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lex Jack explica que a boa mastigação contribui para a saúde
intelectual e mental. A palavra japonesa para mastigação também significa bom
entendimento. Na Medicina Tradicional Chinesa, os intestinos estão
energicamente conectados com o cérebro. Desordens intestinais são comumente
acompanhadas de rigidez mental, falta de concentração e perde de memória. A
mastigação, justamente por fortalecer o sistema digestivo, sobretudo os
intestinos, melhora a concentração, a memória e a flexibilidade mental.
Mastigar também ativa os chakras
diretamente relacionados ao intelecto e à consciência. Entre esses, destacam-se o terceiro chakra – o plexo solar, que governa a
racionalidade – e o sexto chakra – o
mesencéfalo, que governa a intuição e a percepção mais elevada. Várias vezes,
após boa mastigação de grãos e vegetais, eu próprio encontrei, sem o menor
esforço, a solução para problemas de diferentes ordens. É impressionante como a
mastigação cuidadosa estimula a consciência intuitiva.
Em seu livro
A Dieta nº 7, Françoise Rivière, que
se livrou de uma série de doenças graças à macrobiótica, afirma que quanto mais
mastigamos, mais absorvemos o nosso alimento e mais rapidamente recuperamos a nossa
saúde. Mastigar contribui para reduzir o volume de alimento necessário.
Mastigando bem, nós obtemos o máximo de nutrição a partir de uma quantidade
menor de alimento. Isso ajuda a resolver o problema de excesso de alimentação.
Madame Rivière garante que a mastigação diligente controla nossa voracidade,
permitindo que comamos tranquila e respeitosamente. Instalada a calma e a
gratidão – e resguardados da gula – tomamos consciência do que estamos fazendo
e identificamo-nos com o nosso alimento e como todo o universo. “Se a Terra é
nossa mãe, os grãos, quando completamente mastigados, são nosso leite materno”,
conclui Madame Rivière.
Seria
vantajoso para o nosso bem-estar e longevidade se adotássemos a mastigação como
estratégia para controlar a ingestão demasiada de alimentos. Sábios de todas as épocas sempre nos
aconselharam a comer controladamente, com o propósito de evitar doenças e a
morte prematura. Mastigar bem aumenta a sensação de saciedade, o que nos ajuda
a resistir à gula. Nós não precisamos nos identificar com certas emoções, nada
elevadas, que se apropriam do ato de comer; assim como não precisamos nos
identificar com certas emoções, também nada elevadas, que estão presentes no
ato de tagarelar. Mastigando bem, podemos decidir calmamente se necessitamos ou
não de mais colheradas, pois somos transportados para uma dimensão onde podemos
ouvir a voz silenciosa da nossa consciência.
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