A Sensibilidade Cardíaca
Tomio Kikuchi
O
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coração é um órgão extremamente sensível aos
estímulos musculares, espirituais, emocionais, sexuais, alimentícios e
medicamentosos. Qualquer um de nós, com um pouco de sensibilidade, pode
perceber a relação entre a função cardíaca e a preocupação, a excitação, a
tensão, o susto, o andar rápido, etc. A pessoa que vive em ambiente
condicionado sente dificuldade em enfrentar qualquer modificação das condições
físicas, como carregamento de peso, corrida, ingestão de bebida alcoólica ou
banho de água fria. O coração reage poderosamente a todo tipo de estímulo. Sua
sensibilidade é extraordinária, e por isso devemos ter cuidado com os estímulos
demasiadamente fortes. Por exemplo, antes de entrar na água excessivamente
fria, devemos molhar o corpo com as mãos, preparando-o para a reação
extraordinária do coração ao estímulo do choque de temperaturas. Ao se aquecer
a região em que se localiza o coração, no tórax, imediatamente fica reduzido o
seu funcionamento. Mas, se ao contrário, o local do coração esfriar, ele imediatamente
é ativado. A razão pela qual não se deve esquentar a região do coração é porque
isso o enfraquece. Ele é o órgão mais yang do corpo. Quando se lhe proporciona
calor (também yang), esse órgão se torna mais lento (yin). Até certo grau de
temperatura, o aquecimento pode favorecer. Porém, a partir de certo limite, o
calor prejudica. Esse relacionamento é semelhante ao da pessoa yang com outra
pessoa yang: até certo nível há competição sadia e compatibilidade. Mas, se um
superar o outro, em pouco tempo este relacionamento torna-se difícil. Na
relação entre yin e yang sempre há compatibilidade. Por esta razão não devemos
esquentar o peito esquerdo, no local do coração. Podemos, contudo, esfriá-lo,
para fortalecer o seu funcionamento. Recomenda-se àqueles que têm problemas
cardíacos não tomarem banho quente ou sauna.
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