“Sou um homem doente… Sou mau. Nada
tenho de simpático. Julgo estar doente do fígado, embora não o perceba nem
saiba ao certo onde reside meu mal. Não me trato, e nunca me tratei, por muito
que considere a medicina e os médicos, pois
sou altamente supersticioso, pelo menos o bastante para ter fé na medicina.” Fiódor Dostoiévski
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Bochechos com Óleo de Girassol
Bochechos com Óleo de Girassol
Jaime Brüning
O
|
tratamento consiste em colocar na boca uma
colher das de sopa de óleo de girassol, de preferência o extraído a frio, e
fazer leves ou fortes bochechos por 15 a
20 minutos, até que o óleo, ao ser cuspido, se torne bem líquido e branco
como o leite. Não pode ser engolido de
modo algum, porque depois desses bochechos muitos micróbios e toxinas foram
atraídos para boca e o líquido se tornou um verdadeiro veneno. Lave bem a boca
e a pia após cuspir o líquido.
A melhor hora para fazer os
bochechos é em jejum, mas podem ser
feitos até vários bochechos por dia
para acelerar a cura.
É indicado para dores de cabeça,
bronquite, dor de dente, tromboses, doenças crônicas do sangue, artrose,
eczema, úlceras do estômago, doenças do intestino, do coração, dos rins,
encefalite, doenças das mulheres. Previne e cura doenças perigosas do sangue,
paralisias, doenças dos nervos, dos pulmões, do fígado e a doença do sono que
aparece epidemicamente. Fixa os dentes frouxos, melhora as gengivas e deixa os
dentes brancos.
Deve-se fazer o tratamento tanto
tempo quanto for necessário para recuperar as forças originais, o vigor e o
sono tranquilo. Deve-se ter uma fome sadia, um bom sono e uma boa memória.
Obs.: Pode haver um pequeno agravamento
dos sintomas quando se trata de um doente sofrendo de várias doenças, mas isso
é passageiro. Não interrompa o tratamento.
A AUTORREGENERAÇÃO DOS DENTES
A AUTORREGENERAÇÃO DOS DENTES
Phyllis Parun
Este artigo é o resultado de
minhas pesquisas sobre a saúde dos dentes – tema imperdoavelmente negligenciado
pelos veganos, vegetarianos e macrobióticos. Escrevi-o com o propósito de
prevenir os leitores contra os danos causados aos dentes pela dieta equivocada,
pela moderna odontologia e pela medicina alopática.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Qual a origem das cáries?
As cáries são causadas pela
desmineralização dos dentes, a qual, por sua vez, decorre de uma dieta pobre em
vitamina K₂.
Como os dentes são uma extensão
dos ossos, as cáries indicam ossos fracos e, portanto, nutrição precária.
As cáries podem retroceder?
Sim, se se adotar uma dieta que
inclua alimentos ricos em vitamina K₂, D, A e minerais.
Pode a sua dieta macrobiótica
estar deficiente desses nutrientes essenciais?
Sim.
A ciência moderna estabelece
alguma relação entre essa deficiência e o surgimento de enfermidades?
Sim. A deficiência de vitamina
K₂, por exemplo, está relacionada a doenças graves, como osteoporose, ataque
cardíacos, diabetes, câncer, etc.
COMO OS DENTES SE REGENERAM
A estrutura rija dos dentes “é
formada de cálcio e fósforo, o mesmo material de que são feitos nossos ossos.
Desmineralização e remineralização ocorrem na superfície dos dentes.” O Dr.
Robert Nara informa-nos de fato pouco conhecido sobre os dentes: “Mesmo pessoas
cuja boca encontra-se em boas condições apresentam em média vinte cáries em
qualquer momento. Essas cáries ou estão progredindo ou estão regredindo. Se os
minerais estão sendo repostos no mesmo ritmo em que estão sendo perdidos, os
dentes permanecem saudáveis. Se, ao contrário, tal reposição não se dá, a
deterioração dos dentes toma corpo. Se a dieta não é apropriada, há baixa
concentração de minerais. Portanto, é a dieta um fator muito importante para a
saúde dos dentes.”
Contrariamente ao que os
dentistas professam, o Dr. Nara lembra que, no caso de quebra de uma estrutura
óssea qualquer, essa estrutura, contra tudo e contra todos, se regenera.
“Testemunhamos o surgimento de uma estrutura óssea nova em folha. Por quê,
então, num caso de cárie, não veríamos o aparecimento de um esmalte de primeira
mão?”
A DESCOBERTA DO DR. WESTON PRICE
O Dr. Weston Price iniciou suas
pesquisas sobre cárie nos anos trinta do século passado, e permanece ainda como
a figura central da relação entre nutrição e saúde dos dentes. Ele constatou
que a dieta dos povos primitivos havia sido completamente adulterada com a
introdução de alimentos industrializados e açúcar simples. Desenvolveu ele um
suplemento à base de gordura animal que curava cáries. O Dr. Price verificou
que o controle da cárie por meio da alimentação apresentava resultados
extremamente positivos: registraram-se milhares de casos de recuperação da
dentina quando exposta à saliva de alta qualidade e rica em minerais. O
pesquisador concluiu que duas condições eram necessárias para que a dentina
restauradora preservasse a polpa e nervo: 1) a melhora significativa da
qualidade da saliva; e 2) o acesso livre da saliva à região danificada. A
obturação, portanto, impede a remineralização.
A SUBSTÂNCIA “ATIVADORA” DO DR. PRICE
O Dr. Price denominou “Ativador
X” a substância que cria a segunda dentina, elimina as cáries e solda os ossos
fraturados. A manteiga por ele desenvolvida, quando adicionada à dieta daqueles
que sofriam de cárie, provocava uma mudança marcante na constituição da saliva
e um aumento significativo dos lactobacilos acidófilos. A fórmula do Dr. Price
eliminava as cáries, mas só quando a manteiga era obtida do leite
de vacas alimentadas com gramas frescas da primavera. (A fórmula do Dr.
Price era constituída de vitamina A de alta qualidade, manteiga com Ativador X
e óleo de fígado de bacalhau. Ingeria-se a fórmula três vezes por dia. Quando
usada de sete meses a um ano, a maior parte das cáries desaparecia, embora às
vezes, para surtir efeito, fosse necessário ingeri-la durante três anos.)
Porque a qualidade da grama
ingerida pelas vacas era um fator determinante, por muito tempo pensou-se que o
Ativador X fosse a vitamina D, e mais tarde foi ele confundido com a vitamina K1.
Mais recentemente, o pesquisador Chris Masterjohn descobriu que o Ativador X do
Dr. Price corresponde à vitamina K2, e que a quantidade mais
expressiva de K2 encontra-se no reino vegetal. Natô, um fermentado
japonês proveniente da soja, contém mais vitamina K2 do que
laticínios, produtos de origem animal ou bacalhau.
Com o intuito de esclarecer a questão crucial
das fontes vegetais, escrevi a Chris Masterjohn. Sua resposta foi clara e
precisa: “Os seres humanos podem, de fato, produzir vitamina K2. Isto
é discutido em meu artigo. Entretanto, parece que neste caso são muito menos
capazes do que os ratos; e assim também na conversão do betacaroteno em
vitamina A. (...) Minha ênfase recai sobre os produtos animais por duas razões.
Primeiro porque o natô é, no Ocidente, praticamente desconhecido, sendo
consumido principalmente no leste do Japão. A maioria das pessoas que se
interessará por meu artigo está mais familiarizada com alimentos como gema de
ovos e queijos maturados, os quais de fato constituem a grande fonte de K2
dos países ocidentais. (...) Segundo porque o objetivo do artigo não era
tanto oferecer uma visão abrangente da vitamina K2, mas mostrar que
ela provavelmente responde por toda ou grande parte da atividade biológica que
Price atribuía ao Ativador X, e Price não tinha conhecimento do natô. Portanto,
o natô e outros vegetais fermentados eram temas que passavam ao largo do
objetivo principal do artigo, e por isso não foram demoradamente examinados.”
Mas voltando à questão das fontes
animais e vegetais de vitamina K2, Masterjohn mostrou-se incisivo:
“Penso que o natô constitui uma grande fonte, mas prefiro não depositar todos
os ovos numa única cesta. Meu conselho é obter K1 das verduras
folhosas e alguma K2 de produtos animais. Buscar a diversidade é
importante.”
VEGETAIS VERSUS GORDURA ANIMAL
Há
controvérsias sobre se a gordura animal é necessária para metabolizar as
cruciais vitaminas A, D e K2. Mas foi o Dr. Price quem descobriu que
nem todo alimento de origem animal é rico em minerais o suficiente para
remineralizar os dentes. Ele constatou que os animais que pastavam a relva da
primavera produziam recursos minerais da mais alta qualidade. Tal constatação
suscita questões concernentes ao vegetarianismo.
Price
estava convencido de que era a qualidade da vegetação ingerida pelo gado o
segredo daquela manteiga especial. Podemos ler em sua obra que, se o gado
leiteiro não pastasse a relva fresca da primavera, a manteiga produzida não
apresentava a mesma qualidade mineral daquela utilizada por Price para
remineralizar os dentes. Conclui ele, portanto, que era a qualidade dos
vegetais que determinava a qualidade do produto animal.
VITAMINAS SOLÚVEIS EM GORDURA
A
questão é se a gordura animal é necessária para a solubilidade daquelas
vitaminas. De um lado encontra-se a Weston A. Price Foundation, e de outro o
Dr. John McDougall, que escreveu o que se segue numa correspondência a mim
endereçada: “Toda a gordura necessária para absorver as tão famosas vitaminas
lipossolúveis é encontrada na gordura natural dos vegetais. Nenhuma adição de
gordura saturada ou animal é exigida.”
Muitos
seguidores do Dr. Price (Hal Huggins, Ramiel Nagel, Sally Fallon) insistem no
valor dos produtos animais e nunca vislumbram algo mais. Mas a manteiga do Dr.
Price gozava de alta qualidade nutricional porque era elaborada com o leite das
vacas que pastavam a relva fresca da primavera. E os dentes dos pacientes
curavam-se graças à vitamina K2 presente naquela grama. Num primeiro
momento, certo de que o Ativador X necessitava de gordura animal para
metabolizar, o Dr. Price usou óleo de fígado de bacalhau. Contudo, quando
descobriu que a relva do início da primavera ingerida pelo gado era o fator que
potencializava a sua fórmula, reconheceu ele afinal que só o óleo de fígado de
bacalhau não era suficiente. Deve-se concluir, portanto, que o segredo
encontra-se no sol e na relva.
Defensor
do óleo de fígado de bacalhau e da manteiga, Ramiel Nagel enviou-me esta
mensagem a respeito da questão das vitaminas lipossolúveis: “Embora eu me
empenhe em ajudar os vegetarianos a prevenir a cárie, o fato é que a dieta
vegetariana é inferior àquela que inclui carne, miúdos e óleo de fígado de
bacalhau quando o que está em jogo é a prevenção da cárie.”
As
pesquisas, em sua maioria, indicam que os veganos não possuem dentes fortes.
Entretanto, esses estudos apressados e genéricos não levam em conta que nem
todos os veganos seguem a mesma dieta ou possuem os mesmos conhecimentos
culinários. Quando veganos usam substâncias yin, como açúcar e maconha, eles
acabam apresentando deficiência de minerais, tornando-se vítima da
acidificação. David Briscoe tem chamado a atenção para o fato de que o fluido
intercelular, aquele que circunda nossas células, deve manter-se ligeiramente
alcalino e mais yang. Veganos e vegetarianos que, seguindo os princípios da
macrobiótica, preparam refeições alcalinizantes, não manifestam deficiências.
Os pesquisadores que se proporem estudá-los serão obrigados a reconhecer a
fragilidade das conclusões atuais.
CASOS DE REMINERALIZAÇÃO DOS DENTES MESMO EM CIRCUNSTÂNCIAS EXTREMAS
O Dr.
Price relata o caso de uma jovem de 15 anos com quarenta e duas cáries em vinte
e quatro dentes. Extração e dentadura completa foram recomendadas. A paciente
ingeriu a fórmula do Dr. Price (vitamina A, manteiga com Ativador X e óleo de
fígado de bacalhau) três vezes por dia durante sete meses. Sua saliva tinha
livre acesso aos dentes, já que nenhuma obturação fora realizada, com exceção
de duas ou três temporariamente. “Com a dieta reforçada pelo Ativador X, uma
segunda dentina surgiu, e todos os dentes foram salvos.” O Dr. Price afirmou
que esta forma de controle nutricional das cáries é satisfatória, e a recomenda
com entusiasmo.
O Dr.
David Kennedy, praticante da odontologia preventiva durante mais de vinte anos,
dentista da marinha dos E.U.A. durante dois anos, palestrante e presidente da
Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia, contou-nos a seguinte
história: “Certa vez, atendi um jovem de Chicago que ficara encarcerado no
Vietnam durante sete anos como prisioneiro de guerra. Disse-me ele que o avião
militar em que estava fora atingido por um míssil. Sua ficha mostrava que ele
tinha muitas cáries alguns meses antes de a aeronave ser abatida. Elas eram
profundas, embora não atingissem o nervo. Percebi, no entanto, que as cáries
não tinham progredido desde que os raios X foram feitos, há cerca de sete anos.
Os nervos tinham contraído, mas permaneciam vivos. Concluí que a dieta de arroz
bolorento e insetos ingerida por ele na prisão não fez crescer as cáries, dando
à sua dentina o tempo adequado para regenerar-se.”
Assinar:
Postagens (Atom)