“Nosso destino não está gravado num
bloco de granito, mas é escrito e reescrito diariamente pela mão invisível dos
alimentos que ingerimos.”
sábado, 16 de novembro de 2013
Os Alimentos Controlam o Teu Destino
Os
Alimentos Controlam o Teu Destino
A
Vida de Namboku Mizuno
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seu Guia para o Dia a Dia Macrobiótico,
George Ohsawa cita como uma de suas grandes inspirações o mestre da
fisiognomonia Namboku Mizuno. A
fisiognomonia consiste na arte de desvelar o caráter e o destino das pessoas
interpretando-lhes os traços fisionômicos.
Namboku Mizuno notabilizou-se durante o shogunato Tokugawa por ter
provocado uma verdadeira reviravolta nos ensinamentos fisiognomônicos. Dada a
excelência de sua arte, foi reconhecido pelo próprio imperador Kokaku, que
pessoalmente lhe concedeu o maior título honorífico do Japão. Quem conhecesse
apenas a primeira fase da vida de Namboku não poderia jamais imaginar que
aquele “náufrago da existência” chegaria a construir uma obra que transcenderia
o seu país e o seu tempo.
A mensagem de Namboku
Mizuno, que não é senão a da liberdade, começa a ser traçada (mirabile dictu!) no ambiente inóspito de
uma cela.
Não tardou que a vida
desfechasse contra Namboku um de seus golpes mais violentos: morreram-lhe a mãe
e o pai quando ele ainda era uma criança. O tio que o acolhera – a julgar pela
conduta do adolescente Namboku – não conseguiu porém incutir-lhe o mínimo de
civilidade. Ajudado pelo álcool, Namboku mostrou-se um jovem desordeiro e
violento. Não hesitava em enfrentar quem quer que fosse, engalfinhando-se até
mesmo com as autoridades locais. As muitas cicatrizes que nesse período
colecionou ao longo do corpo davam a justa medida das enrascadas em que se metia.
Mas, como a marcha do desregrado é quase sempre curta, aos dezoito anos Namboku
foi preso por roubar dinheiro para comprar saquê.
Logo Namboku percebeu
que para sobreviver à prisão necessário era conhecer a índole dos demais
detentos. Começou então a reparar no comportamento de cada um deles, a
sondar-lhes o passado e a inteirar-se dos crimes que haviam cometido. No
decurso dessa investigação, impressionou-lhe o fato de que a cada tipo de
personalidade correspondia em geral um tipo de semblante.
Imediatamente após
sua soltura, já na primeira perambulação pelas ruas, Namboku deparou um
fisiognomonista. O homem, após pormenorizar-lhe o passado, advertiu-o de que
dentro de um ano morreria de golpe de espada. Disse-lhe, contudo, que poderia
safar-se desse destino funesto tornando-se monge budista. Completamente
perturbado com a profecia, Namboku partiu dali mesmo para o templo mais
próximo.
Lá chegando, o
ex-detento apresentou-se ao abade, que por acaso conhecia um pouco da arte
fisiognômica. Pressentindo o caráter violento de Namboku, o religioso tentou
dissuadi-lo de ingressar no monacato. Mas, como o jovem resistisse, o jeito foi
impor-lhe, como para afugentá-lo definitivamente, uma terrível condição: só
seria aceito como noviço se passasse um ano comendo apenas soja e cevada,
víveres dos que, condenados à pobreza, não podiam obter arroz. Qualquer um,
naquele exato momento, teria mandado às urtigas suas não muito convictas
inclinações monásticas. Mas Namboku, com a morte à espreita, concordou prontamente
com a estipulação do mestre e nos doze meses subsequentes alimentou-se
exclusivamente de cevada e soja.
Comprida a exigência
do abade, Namboku, disposto a tornar-se monge, toma o caminho que leva ao mosteiro.
No meio do percurso, porém, encontra o fisiognomonista com que se consultara
após deixar o cárcere. Custa ao vidente reconhecê-lo: Namboku se transfigurara,
os signos da morte que um dia lhe habitaram a face, haviam-no abandonado.
Consequentemente, afirma-lhe o vate que sua vida já não seria extinta pelo aço
frio de uma espada. E acrescentou: “Mudanças dessa natureza só ocorrem com
aqueles que possuem uma força de vontade incomum.”
Tais palavras,
abrindo caminho no espírito desolado de Namboku, semearam a autoconfiança
naquele rapaz prestes a entrar na vida adulta. Depois de ouvi-las, ele abandona
a ideia de retornar ao mosteiro e decide iniciar uma viagem de autoconhecimento
Japão adentro.
Passado um par de
anos, Namboku certifica-se de que pode dar um sentido à sua vida dedicando-se à
fisiognomonia. Parte então em busca de quem quer que possa introduzi-lo naquela
arte. Entre os mestres que encontra, estão monges budistas, sacerdotes
xintoístas, eruditos confucionistas e alquimistas japoneses, dos quais recolhe
os conhecimentos e segredos das várias escolas fisiognômicas em vigor à época.
Desejoso de obter
experiência e aperfeiçoar-se na arte que escolhera praticar, Namboku posteriormente
se dirige a Osaka e a outras grandes cidades. Nesses centros urbanos, trabalha
em casas de banho públicas, onde passa os dias esfregando o dorso dos clientes
para ouvir-lhes as histórias e analisar-lhes a fisionomia. O conhecimento
seguro da estrutura óssea e da anatomia, adquiriu-o, no entanto, quando se
empregou num crematório. Foi ali que, lidando com cadáveres, percebeu que
aqueles corpos, já incapazes de dizer uma palavra, muito revelavam da vida de
seus donos.
Após quase uma década
estudando a relação entre as características físicas e o destino das pessoas,
Namboku se estabelece como fisiognomonista e vidente. Sua fama logo se espalha,
dado o acerto de seus prognósticos. Contudo, era forçoso que reconhecesse as
lacunas dos métodos tradicionais de diagnose visual: Namboku encontrara, por
exemplo, pessoas de constituição invejável sofrendo das mais variadas doenças; conhecera,
por outro lado, indivíduos saudáveis e felizes cuja estrutura facial acusava
completo infortúnio. Como explicar o que seria, a princípio, um paradoxo?
Determinado a encontrar uma resposta, Namboku segue para o Santuário de Ise.
O Santuário de Ise
destaca-se como o mais célebre do Japão. Localizado numa exuberante floresta
repleta de cedros que avançam em direção aos céus, é ele dedicado à deusa do
sol Amaterasu, da qual, como insiste a tradição, descende a família imperial
japonesa. Por lá Namboku peregrinou durante três
semanas, jejuando e banhando-se nas gélidas águas do rio Ksuzu. Graças a esse
processo de purificação, alcançou ele, enfim, a verdade: nosso destino não está
gravado num bloco de granito, mas é escrito e reescrito diariamente pela mão
invisível dos alimentos que ingerimos.
Na época de
Namboku as artes divinatórias – fisiognomonia, astrologia, numerologia,
geomancia – já haviam perdido todo o seu vigor original, e eram praticadas
mecanicamente, sem qualquer contato com a realidade.
O mérito de
Namboku foi ter estabelecido a diferença entre constituição e condição.
Ele descobriu que nosso futuro não está escrito com letras indeléveis em nossa
face. O caráter e o destino das pessoas não são inalteráveis. É claro que as
tendências e as possibilidades dadas por nossa constituição não podem ser
negadas. Mas as expressões de nossa condição, ou seja, as linhas de nosso rosto
e mãos, o sangue que corre em nossas veias e alimenta nossos órgãos, o Ki ou
energia eletromagnética que percorre nossos meridianos e chakras – todos mudam
de acordo com os alimentos que ao menos três vezes por dia levamos à boca.
Um século antes
de Sartre, um japonês da era Tokugawa poderia muito bem ter dito: “Estamos
condenados à liberdade.”
A Etimologia de Medicina
A
Etimologia de Medicina
Machado
de Assis
“A
etimologia de medicina é, como acontece com outras palavras, uma lenda.
Conta-se que, no tempo do
rei Numa, o corpo médico era composto unicamente de coveiros, regidos por um
coveiro-mor, chamado Cina, avô, dizem, da tragédia de Corneille.
Adoecia um romano (eterno
romano!), iam os coveiros à casa do doente medir-lhe o corpo para abrir a
sepultura.
– Mediste, Caio? –
perguntava o chefe.
– Medi, Cina – respondia o
coveiro oficial.”
Revisão do Juramento Médico
Revisão do Juramento Médico
Este Juramento mais abrangente foi
elaborado pelo Dr. Leo Rebello em 2003, pois o Juramento de Hipócrates, após
muitos séculos de existência, está parcialmente ultrapassado. Este Juramento
revisado foi amplamente circulado, aceito e elogiado
O
dia 1º de julho é celebrado em todo o mundo como o Dia do Médico. Esse dia
costuma passar em branco. Muitos médicos esqueceram o Juramento de Hipócrates
ou o humanismo. Assim sendo, eu gostaria que os médicos prestassem o seguinte
juramento para que se lembrem do quanto sua profissão é importante. Médicos,
por favor, repitam comigo:
Eu,
_____________, juro neste dia solene que:
Não receitarei medicamentos e exames desnecessários a meus
pacientes.
Não darei conselhos errados.
Não cobrarei quantias exorbitantes, nem aceitarei
comissões nem presentes.
Não prejudicarei crianças com inoculações de vacinas, pois
poluem seu sangue levando a doenças graves no futuro.
Não receitarei medicamentos letais como antirretrovirais,
quimioterapia, ou ministrarei terapia eletroconvulsiva a meus pacientes.
Não recearei nenhuma autoridade, não forjarei registros
médicos, nem apresentarei testemunho falso.
Não explorarei meus alunos.
Não manipularei pesquisas ou seus resultados para obter
subvenções.
Eu,
_____________, afirmo, solenemente que:
Se eu não conseguir tratar uma
doença, não direi que AIDS, câncer ou diabete não têm cura.
Direi ao meu paciente que deve tentar outros sistemas de medicina.
Direi ao meu paciente que deve tentar outros sistemas de medicina.
Tratarei os praticantes de outros sistemas médicos com
respeito e não direi mentiras deliberadas para provar minha importância.
Estudarei terapias holísticas para aumentar meus
conhecimentos.
Não direi, nem mesmo por descuido, que HIV = AIDS = morte,
ou que o câncer não pode ser tratado.
Não assustarei meus pacientes com comentários, opiniões ou
conselhos desnecessários.
Ainda me lembro das palavras de
Hipócrates: “Deixe a alimentação ser o seu remédio” e, portanto,
recomendarei frutas e verduras frescas e uma boa alimentação para os
meus pacientes — no lugar de tônicos, xaropes, multivitaminas sintéticas,
principalmente para crianças.
Não realizarei cirurgias, a menos que sejam absolutamente
necessárias e não me dedicarei a práticas como a amniocentese, implantes de
silicone ou lipoaspiração.
Trabalharei para a interdição das experiências inúteis e
cruéis com animais, realizadas em nome da medicina.
Participarei de workshops,
seminários e congressos às minhas próprias custas ou bolsa de estudos (não
financiadas pela indústria farmacêutica) para aprimorar meus conhecimentos e
falarei de acordo com a minha consciência, caso seja convidado a falar ou
presidir.
Eu,
_____________, finalmente, reconheço e afirmo que assumo
grande responsabilidade pelo bem-estar das pessoas e que irei realizar minha
árdua tarefa com o máximo de dedicação.
Isso eu juro em nome
de Deus neste solene Dia do Médico e repetirei este juramento diariamente para
não esquecer que estou exercendo a profissão divina de curar.
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