quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Reflexões sobre o Leite


Reflexões sobre o Leite
Herman Aihara

“Um dos aspectos mais importantes da amamentação reside no fato de que o leite da mãe constitui um imunizante natural. De acordo com Jym Moon, em seu livro A Macrobiotic Explanation of Pathological Calcification, ‘Durante os primeiros dias após o nascimento, as glândula mamárias da mulher produzem um líquido conhecido como colostro. O colostro contém menos ferro, gordura e lactose do que o leite materno propriamente dito – e mais proteína, vitamina A e vitamina E. Essas diferenças são muito importantes no que se refere às necessidades nutricionais do bebê. Não há, absolutamente, nenhum leite, mesmo alterado quimicamente, capaz de simular o colostro. O colostro é a primeira fonte de anticorpos do bebê durante o período pós-natal, e tem sido comprovado que a sua substituição por leite de vaca ou leite alterado durante esse período crítico pode resultar na absorção de alérgeno, em vez de anticorpo. Existem mecanismos de defesa adicionais que previnem a invasão microbiana durante esse período crítico, e nenhum leite alterado quimicamente conseguiu até hoje garantir essas defesas.'”

“O trato intestinal do bebê alimentado de leite materno é ligeiramente ácido, em contraste com o ambiente intestinal quase sempre alcalino do bebê não alimentado naturalmente. Essa diferença é muito importante, dado que o pH do intestino influi no tipo de bactéria capaz de colonizá-lo. Essas bactérias são vitais, porque determinam em grande parte a habilidade de digerir os alimentos, nossa mais básica função. No meio intestinal alcalino dos bebês que não se alimentam do peito, muitas bactérias indesejáveis – incluindo bactérias perigosas e putrefativas – são capazes de se desenvolver. Já o ambiente intestinal do bebê amamentado naturalmente é constituído, na prática, pela cultura de um único organismo benéfico – o lactobacillus bifidus."

“Do nosso ponto de vista, o leite de vaca não é recomendado para consumo humano – exceto quando o leite materno é escasso e uma ama não pode ser encontrada. O leite de vaca é altamente processado. É legalmente permitido adicionar ao produto uma surpreendente lista de substâncias químicas. Além disso, trata-se de um alimento que provém de animais criados de forma questionável. O leite de vaca contém ainda muito cálcio e gordura saturada – o que, no mínimo, concorre para o aparecimento de depósitos de gordura e colesterol nos capilares e nas paredes das artérias. É um alimento ‘estrutural’ que fornece toxinas em excesso ao organismo que dele não necessita (como o organismo dos adultos, cuja estrutura já está formada). Não recomendo ingerir laticínios todos os dias nem lhes conferir um lugar privilegiado na alimentação. Se, contudo, a condição de alguém o permite, usá-lo ocasionalmente por prazer não constitui ameaça.”

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