Reflexões
sobre o Leite
Herman Aihara
“Um dos
aspectos mais importantes da amamentação reside no fato de que o leite da mãe
constitui um imunizante natural. De acordo com Jym Moon, em seu livro A Macrobiotic Explanation of Pathological
Calcification, ‘Durante os primeiros dias após o nascimento, as glândula
mamárias da mulher produzem um líquido conhecido como colostro. O colostro
contém menos ferro, gordura e lactose do que o leite materno propriamente dito –
e mais proteína, vitamina A e vitamina E. Essas diferenças são muito
importantes no que se refere às necessidades nutricionais do bebê. Não há, absolutamente,
nenhum leite, mesmo alterado quimicamente, capaz de simular o colostro. O
colostro é a primeira fonte de anticorpos do bebê durante o período pós-natal,
e tem sido comprovado que a sua substituição por leite de vaca ou leite
alterado durante esse período crítico pode resultar na absorção de alérgeno, em
vez de anticorpo. Existem mecanismos de defesa adicionais que previnem a
invasão microbiana durante esse período crítico, e nenhum leite alterado
quimicamente conseguiu até hoje garantir essas defesas.'”
“O trato
intestinal do bebê alimentado de leite materno é ligeiramente ácido, em contraste
com o ambiente intestinal quase sempre alcalino do bebê não alimentado
naturalmente. Essa diferença é muito importante, dado que o pH do intestino
influi no tipo de bactéria capaz de colonizá-lo. Essas bactérias são vitais,
porque determinam em grande parte a habilidade de digerir os alimentos, nossa
mais básica função. No meio intestinal alcalino dos bebês que não se alimentam
do peito, muitas bactérias indesejáveis – incluindo bactérias perigosas e
putrefativas – são capazes de se desenvolver. Já o ambiente intestinal do bebê
amamentado naturalmente é constituído, na prática, pela cultura de um único organismo
benéfico – o lactobacillus bifidus."
“Do nosso
ponto de vista, o leite de vaca não é recomendado para consumo humano – exceto quando
o leite materno é escasso e uma ama não pode ser encontrada. O leite de vaca é
altamente processado. É legalmente permitido adicionar ao produto uma
surpreendente lista de substâncias químicas. Além disso, trata-se de um
alimento que provém de animais criados de forma questionável. O leite de vaca
contém ainda muito cálcio e gordura saturada – o que, no mínimo, concorre para
o aparecimento de depósitos de gordura e colesterol nos capilares e nas paredes
das artérias. É um alimento ‘estrutural’ que fornece toxinas em excesso ao
organismo que dele não necessita (como o organismo dos adultos, cuja estrutura
já está formada). Não recomendo ingerir laticínios todos os dias nem lhes
conferir um lugar privilegiado na alimentação. Se, contudo, a condição de
alguém o permite, usá-lo ocasionalmente por prazer não constitui ameaça.”
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